18.4. Exemplo

Vejamos um exemplo. Imagine que é fotógrafo e que utiliza um carro e uma máquina fotográfica cara para o seu negócio pessoal. Quererá acompanhar a depreciação destes artigos, porque provavelmente poderá deduzi-la dos seus impostos comerciais.

O primeiro passo é construir a hierarquia de contas (como mostrado na secção anterior, substitua ITEM1 e ITEM2 por car e câmara). Agora, registe a compra dos seus bens, transferindo o dinheiro da sua conta bancária para a conta Custo de cada item (por exemplo: Activos:Activos fixos:Automóvel:Custo para o carro). Neste exemplo, começa com 30.000€ no banco, o carro custou 20.000€, a câmara fotográfica custou 10.000€ e foram ambos adquiridos em 1 de Janeiro de 2000.

Figura 18.1. Exemplo de depreciação de activos

Exemplo de depreciação de activos

A hierarquia de contas de depreciação


Olhando para os códigos fiscais, percebemos que devemos relatar a depreciação destes itens usando a soma de dígitos, ao longo de um período de 5 anos. Assim, os montantes da depreciação anual para o carro são 6667€, 5333€, 4000€, 2667€ e 1333€ para os anos 1 a 5 respectivamente, arredondados ao euro mais próximo. Os montantes anuais de depreciação da câmara são de 3333€, 2667€, 2000€, 1333€ e 667€. Consulte a secção anterior sobre esquemas de depreciação para a fórmula de cálculo destes valores.

Para cada período contabilístico (i.e., ano fiscal) regista a depreciação como uma despesa na conta apropriada Depreciação imputada (ex: Activos:Activos fixos:Automóvel:Depreciação para o carro). As duas janelas abaixo mostram a sua conta de depreciação acumulada e a janela principal após o terceiro ano (i.e. três períodos) de depreciação utilizando este esquema de soma de dígitos.

Figura 18.2. Diário da conta de depreciação do activo

Diário da conta de depreciação do activo

Figura 18.3. Hierarquia de contas após depreciação

Hierarquia de contas após depreciação

Nota

Uma palavra de cautela: uma vez que a depreciação e as questões fiscais estão intimamente relacionadas, pode nem sempre ser livre a escolha do seu método preferido. A correcção de cálculos errados vai custar muito mais tempo e problemas do que acertar os cálculos à primeira, portanto, se planeia depreciar activos, é sensato certificar-se dos esquemas que lhe serão permitidos ou que seja obrigatório a utilizar.